Vou lembrar as rosas
Dos meus sonhos perdidos
Os segredos das nuvens namorar.
Ainda vôo em tuas asas
Em tuas garras me protejo
Ao seu lado na abóbada
Estou a caçar um planeta seguro
De paz plena habitável.
Quem sou neste vasto céu?
Em poesia penso os sentidos
Nas suas formas suplico pela essência
Enquanto nos braços distantes
Torno-me uma pessoa a cativar
Uma pequena folha em branco.
As insignes dos fados caminham conosco
Uma foz marema repleta de volúpia
Salta do bico da quimera.
Deste lado uma bólide nos ataca
Sou bola na rede
Mais uma vez na realidade
Ela dói nas víceras
Se territorializa, nua, crua!
A banhar o espaço através de minha época.