Passei aqui!

domingo, 29 de agosto de 2010

TEORANDO




Por Eric Costa e Silva

As cores mutantes dos escudos

Junto às espadas aladas

Nossas pré-estréias estão a defenderem

Ambas não nos levam a guerras

Nem permeiam a inocência protetora

De promessa envoltas

Numa esfera de cânticos.



Crianças e jovens

Dicionários de bolso

Não mais nos em rumos extremos

As palavras carregam.



Quando obrigados por reis

A encararem os frontes sangrentos

Saberão eles ver no intitulado inimigo

A lembrança madura do irmão

Que um dia partiu em jornada de peregrinação.



De emoções num abraço

Levantará-se o fim pendido escuro

Onde tantos os antigos quadros

Ou as modernas pinturas

Derreterá-se em agradecimento

Sob as mesas do novo.



Dia de futuro será esse

Mais essa realidade!

Já hoje vive em mim.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vésper



Por Eric Costa e Silva


Luz a emanar alegria

Toda sua perseverança amiga

Antes mesmo do nascer do dia

[contagia.



Singela nos atos alucinantes

O dia as letras hipnotizam

Os calendários irrompem em maestria

Unificando as linhas tortas confiantes

Do todo farto celeste

De todas as manhãs

[ frias.



De suas mãos amigas

Nos cadernos de papel de pão

A vida coloca um ponto

Sobre as linhas

A sacudirem os destinos

Dos alaridos de anunciações.



Serenas nos atos da réplica

Poucos e contados são o prantear

A fluir de seu ventre mítico.



As marcas inerentes oportunas

São raras aos que sonham

Nas praias isoladas

Duma só veemência bem vivida

Dum só abraço fraternal

De estrelas azuis

[ irmãs.



Quando o fogo

As vaidades mitigarem

Pela porta de sua face

Quero marchar altivo.



Para de tal modo singelo

Num afã mágico seguir

A chegar ao porto

Alucinado da ação.



Nele a sabedoria do tempo

Nos circundam velozes

O respeito dos homens

A consciência da ocasião

Sólidos tijolos de muros levantam.



Tal qual o manto

Quão um dia inesquecido

Do sangue real a banhar a rua

No inverno quente.



O pecado na cruz

A carne do torturado

Sem cobrança foi aliviado.



O pecado dos homens de hoje

Outrora perdoados

No sorriso ingênuo da criança

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

TEMPESTADE POÉTICA


Por Eric Costa e Silva


Nos tempos onde tudo revela o cinza



Desejo repetidas vezes vagar



Na belíssima aurora do reflorestar.



No olhar de cada pássaro


A fogueira da vida está viva


A findar as razões eminentes


Da suavidade do destino.


A completar os perigos



Duma vontade traída



De cegos discordantes




No espaço da mente



Dos velhos sábios



Quase tudo cabe.


Até os sentimentos disformes


Do broto da lua ecliselar


Vêem veementes congelados.



As luzes das varandas



A preencher o direito do bem querer



Inerte a toda vontade.


Esquecidos em cada pagina



Elas ajudam a forjar



Os ventres da força espectral.


Lembro me bem das taças


Postas no dia em que pisei


Nos por menores


Controlados em sensações aptas


Dinâmicas ao olhar penetrante.



Seu sistema conjugado verde oliva



Comum aos locais de hoje permanecem ainda



O sentido de justiça também emana.


Essa onda inovadora explosiva



Que molha a face em gotas gentis



Não pretende encantar em modismos.


Ela é amor gratuito sem fronteira


A findar as vontades em planos


Tão reais quanto os vôos pelo amanhã.



Nos meandros dos engenhos



Os raios solares de cada ação boa



Em nós são levados ao êxtase.


O terço dia é titulo de nova aurora



Sempre primo primaz da prima primazia primogênita



A quem é garantida a permanência escalar média



Duma esperança Histórica em pratos finos


Que surge sem pressa na mesa poética


A vagar resplandecente vivida
No suor da ociosidade criativa.
Quem cria uma poesia
Um dia também foi filho.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Poética Periférica



(Poesia a todos que um dia reconhecem nas palavras todo o sabor daquilo que um dia ama eternamente e ao passo que por dias caminharam ao meu lado no GOU – Grupo de Orações Universitário).




No jardim da saudade está o poeta



Numa eterna busca pelo novo



A receber a brisa da inspiração no rosto.



As margens de sua vida



Mais espesso se tornam o ontem



Que são as costas desta água nova fértil.


O ar armado lince puro doce



Pulveriza lisonjeiras pétalas de chumbo



As revelações do querer saltam em novas linhas



As escadas da cachoeira imaginada

Em sete quedas planam o Mundo dos pássaros

E nos seus passos sem estardalhaços

Ainda forjam as espadas não usadas.



O véu de noiva

Puro e incauto do passado

É também parte da paz

Que um dia se fez em olhar

Que um dia se fez em palavras de amor

Letras de esperança

Tão belas inatas

Que na noite de despedida

Ainda cantarolavam sem rumo

Os fiéis da Republica dos Pássaros.



E eu como parte de rapina desta Republica

Sem querer vesti a túnica branda de enredos

Que ali se fazia o enlace de pura pedra lapidada

Que hoje apenas a vejo em cantos dum terno amante

A chorar os enlaces lentos e frios de sua Juventude.




Do não vivido em lembranças

Viva as pétalas a banhar o chão!



Vida jogada nos monte
Sem mesmo nos dizerem adeus
Hoje as aspirações vão a praça.


Poemas que são mais flores
O céu cheira pólvora
Soltos pensamentos disformes
A esfriar a flor do lácio latente

Da menina mãe da razão emocional simétrica.
Na saudade dos passos órfãos
Pontos invariáveis seduzem o poente
Enquanto um Dragão Negro ronda as descobertas
Enquanto um ponto de luz traz-me você de volta.

Outubro é mês de passeata
Sociedade sem migalhas de pão
Fome de igualdade justa
No meu rincão ainda chega.

E cá estão o homem e a poesia!

Um sorriso tenro na face passada
Os quatro elementos andam
Um a esperar o outro.

Nos intuitos de uma noite
Os cantos da paisagem
O dia saudarem a oportunidade
Do não mais cantar o canto das desventuras.

Poesia é mais que imagem
O homem não é só esta forma
Nem se resume a tal semelhança.

Eles são em si algo divino
A regar as profundas respostas
Daquilo que um dia inteiro.
A atmosfera nos pega a perguntar?

Em cada vontade da quarada em planos lúcidos
O sabor do signo da poesia
Nos tons idiomáticos os sintam

Todos são longas palavras
Que nas arestas de sua rosa
Pela voz do não esquecimento
O grito da voz que não nos cala preenchem.

Voz de poeta a fazer quase livre
Voz que ainda não me deixou libertário
Voz que me faz acreditar
No mundo sem despedida.
Voz agora que se liga a luz
Luz rutilante dos variados operários da poesia.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

AS CIDADES


Por Eric Costa e Silva



Dias após dias
Tuas malhas crescem vigorosas
As margens jogam os construtores.


Dias após dias
Num viver servil vivemos
A limpar, concertar e edificar!
Os pedaços teóricos projetados.
Mesmo deitados no universo
Os ventos a tocar os corpos
Adormeçam! Musas encantadas.
Há todos os cantos
Normais visitas façam
Deles veremos saltar aos olhos
As imponentes formas do cotidiano.
Nesta viajem astral
O nosso eu
Nos faz lembrar.
Que todos os anjos
Juntos estão a voarem
Pelas plenas plumas da gratidão.
E eles nos dizem!
Que elas determinam a meta
De vistas sincréticas
Dos nossos horizontes, dores e amores.
Nestes novos radiantes


Mesmo sem querer


Deles podemos ouvir


Os brados dos cidadãos.
Os sons ecoarem estonteantes
Na casa dos tons elipsoidais
Os olhos hipnotizaram.
Nesta semente germinante de aprendizado
A humanidade cativante
Ainda vagam surpreendentes
Sob as concretudes mentais
Dos desfiles novos que transbordam.
As escolhas desses temperamentos
Não formam linhas
Nem mesmo estão dispostas
A eleger o nós como algo supremo.
Do outro lado
Na cadeira lenta da vida
Sentam-se os escolhidos.
Nas suas penas
Por muitas consideradas mínimas
Ainda florescem todas as esperanças
Dum dia de solidariedade eterna.

Dias após dias
Vontades emanam ondas
Numas partículas desenfreadas
Tão juntas nas carnes
Quanto nos cravos comuns
No dia onde as lagrimas
Teimam em molhar o chão.
Mesas dos lares lotados
O garfo lembra o gelo
Da marmita fria.
A brisa da responsabilidade
A saltar a cada copo de veneno
As ações devaneios elaboram.
Quem sabe um dia
Elas são quistas
Quem sabe um dia
Toda abobada celeste
Não mais sentirá homens armados
A espera do lucro.
E as fontes bordadas
Ainda sem costa
Continuam a ser ignorados
Por um só fantasma.
O fantasma da solidão divisória
Sombras de castas rutilantes
Nas pistas das Classes avassaladoras.

sábado, 14 de agosto de 2010

A tarde Sem Amor de Infância



Por Eric Costa e Silva

A tarde moldava as areias da uruçumirim

O calor da sua imagem passada

Sem querer salta a minha mente

Agora ela cansada vê a bela

Toda transformada em verdadeira mulher.



Enquanto aqui vago

Enquanto aqui transcendo minha mesquinhez

E sem espaços em sua vida fico aqui parado no tempo

A mirar o horizonte com as minhas inquietudes.



Aos olhos da historia que une

Gerações inteiras de lutadores

No canto do bar ao lado

Sem querer me pego a falar de você.



A toda prova sem desaprova

Mais uma vez sozinho estou caminhando

A procurá-la em tantas outras ondas

Não mais a vejo na fogueira dos Deuses.



Hoje quieto domingo

Pego-me a olhar o mar agitado

Quem sabe nesta tarde

Você sorri para o Mundo

E sonharei eu astuto

Que aquele sorriso é meu.



Que aquela boca jaz um dia na tela

Nos sonhos faz de mim

O interiorano no Rio Velho

Que a vontade de agora.


Quietas no fundo da minha casa

Penso em tirar deste meu caldeirão das palavras

A poesia que hoje sua

Nela pondero o meu desejo

Que sai para a sua tela

Num mágico dizer:

- Como foi seu dia?

- Onde andou seus pés?

- Sorria e me faça mais uma vez sonhar.


Boa Noite Amor Imaginário.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Solilóquio Sob a Luz de Gaia



Por Eric Costa e Silva

Neste espaço universal

Sagradas em mantas Vestidas

Em tom maior posso cantar

O calor agradável constatado.



Nela não confundo

Nem rimo inverno com inferno

Pois é nesta estação

Que renovo meus saberes.



E nesse todo vejo

Meu corpo meio torto e feio

Unir se ao doce almiscarado

Espelho do corpúsculo.



Seja bem vinda a minha bela torre

Toda erguida em blocos brancos imaginários

De sigmas dourados do sol poente.



Pensa em semear este chão?



Então pratica e corre!

Banhe-se no mar de ações benéficas.



Não esqueça, veja!

A sempre alguém triste ao seu redor

Quando à parte do meio

Leva-me ao sepulcro.



O belo olhar de ontem

Nega-me a dor da partida

O sol da bondade vai duradouro

Numa só mola a moldar a moldura branda

Pós-modesta moderada módica do pulcro em pranto.



Venha! Você esta a caminhar

No orvalhado saguão da esperança

Pelas curvas tortuosas

Encontraremos-nos à volta marcada

Do imponente criativo.



Ele sem querer impera

Seu substrato imperativo

Em quadros liquefeitos

Materializados na espera

Da intensa matriz viva.



Os quadriláteros abertos

Estão numa só base baseada

Do despertar para o mundo

Às vezes difíceis de mais

A compreensão de quem vive

O caldo emocionante do suspiro.



Lugar este onde nem a ocasião

Em linha esparsa pode nos tirar

O sabor adocicado da boca na fruta

A nos apresentar o doce futuro.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quimeras



Por Eric Costa e Silva

Vou lembrar as rosas

Dos meus sonhos perdidos

Os segredos das nuvens namorar.



Ainda vôo em tuas asas

Em tuas garras me protejo

Ao seu lado na abóbada

Estou a caçar um planeta seguro

De paz plena habitável.



Quem sou neste vasto céu?



Em poesia penso os sentidos

Nas suas formas suplico pela essência

Enquanto nos braços distantes

Torno-me uma pessoa a cativar

Uma pequena folha em branco.



As insignes dos fados caminham conosco

Uma foz marema repleta de volúpia

Salta do bico da quimera.



Deste lado uma bólide nos ataca

Sou bola na rede

Mais uma vez na realidade

Ela dói nas víceras

Se territorializa, nua, crua!

A banhar o espaço através de minha época.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Fragata


Por Eric Costa e Silva




Por Eric Costa e Silva

FRAGATA



Nesta noite prateada

Lá vem minha vã fragata

Com avidez devora as nuvens.



Sem pressa vou junto ao seu norte

Vivo dum bem querer por você

Parte da parte conjunta em enlaces

Meio fraterno principiante

Duma verdadeira deusa

A me dar força.



Nos períodos onde a névoa

Ainda teima em pairar inglória

Sob a luz branda

De todos meus bramidos.



Faço-me um tanto visto

Junto dos raios de bondade

Da quadra desta estrada

A fazer de mim um anti-herói.



A cada légua passada

Quero em mim a visão

Da luminosidade dos teus abraços.



Quando a tenho na mente

O suave perfume dos lábios aspiro

O sabor do som triunfal da sua vida

Faz-me tocar os sorrisos desejados.

No porto seguro da sua idéia

O vento bate sua conversa afinada

Na vela e na face singela

Ele encanta essa minha incursão

Ela me leva as curvas da imensidão

Que embala todas estrelas

De novas minas descobertas.



Depois de divagar solene

Nos teus traços perenes

Sinto-me fortalecido.



A folha branca de antes

Em lúcidas palavras

O vazio da poesia

Vê algo brotar.



Dos botões do tudo

Todas as belezas

A certeza da duvida

Tem seu mágico fim.



As repletas copas

Oh! Longínquas vontades

Dadas no passado.



Os mares sem fronteira

Hoje se fundem nos olhos

De todos os sofrimentos

A navegarem na mais humilde forma

Donde movem os barcos do futuro.

domingo, 1 de agosto de 2010

Possibilidades Vividas!


Por: Eric Costa e Silva.

No inverno cinza da minha alma
Todo o ser solidário em espaços ecliselares
A aurora especial dos sentidos sente
Numa eterna busca de nova possibilidade.

Nas quadras da Noroeste de Esperança
As modas de longuas estradas regam o cerco
Num rumo sul de minha alma.

Agora pés quase gregos
Já caminham nesta terra fértil
De homens e mulheres fortes
Onde a temperança translude o corpor
Copo de véu pardoencharcado .

A brisa de todas as cidades
As dinâmicas dos olhos sensatos pirampeiam
E nos cantos recatados os belos fados dançantes
As palavras ginasináres saudam os tempos.

Sentado na caixa d"água
Ainda lembro das poesias das torres
Mesmo assim sou eu
Que no meu tempo acorda cedo
Sem muita vontade lá estou nos lares
De fronte a frente da doença
De fornte de de costas para toda reclamação.

Hoje o inverno acabou
Ao sol da poesia volto solene
Na bagagem carrego sonhos lacrimosos
Um punhado de areia na beira mar
Mas que mar? Diremos que o Mar doce da graça
Que sem graça se apresenta encauto em nomes