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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Fragata


Por Eric Costa e Silva




Por Eric Costa e Silva

FRAGATA



Nesta noite prateada

Lá vem minha vã fragata

Com avidez devora as nuvens.



Sem pressa vou junto ao seu norte

Vivo dum bem querer por você

Parte da parte conjunta em enlaces

Meio fraterno principiante

Duma verdadeira deusa

A me dar força.



Nos períodos onde a névoa

Ainda teima em pairar inglória

Sob a luz branda

De todos meus bramidos.



Faço-me um tanto visto

Junto dos raios de bondade

Da quadra desta estrada

A fazer de mim um anti-herói.



A cada légua passada

Quero em mim a visão

Da luminosidade dos teus abraços.



Quando a tenho na mente

O suave perfume dos lábios aspiro

O sabor do som triunfal da sua vida

Faz-me tocar os sorrisos desejados.

No porto seguro da sua idéia

O vento bate sua conversa afinada

Na vela e na face singela

Ele encanta essa minha incursão

Ela me leva as curvas da imensidão

Que embala todas estrelas

De novas minas descobertas.



Depois de divagar solene

Nos teus traços perenes

Sinto-me fortalecido.



A folha branca de antes

Em lúcidas palavras

O vazio da poesia

Vê algo brotar.



Dos botões do tudo

Todas as belezas

A certeza da duvida

Tem seu mágico fim.



As repletas copas

Oh! Longínquas vontades

Dadas no passado.



Os mares sem fronteira

Hoje se fundem nos olhos

De todos os sofrimentos

A navegarem na mais humilde forma

Donde movem os barcos do futuro.