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terça-feira, 6 de julho de 2010

Nossa Cidade - Poesia para O POVO.



 
Por: Eric Costa e Silva.


Dias após dias

Tuas malhas crescem vigorosas

As margens jogam os construtores.


Dias após dias

Num viver servil vivemos

A limpar, concertar e edificar!

Pedaços teóricos projetados em imaginações.


Mesmo deitados na tumba do universo

Os ventos tocam os corpos

Onde os mortos cantam afoitos.


Adormeçam! Musas encantadas

Com o timbre do tambor a bater magnífico

Nas asas dos futuros ainda incertos

Apenas vibrem o amargor das lágrimas

Cintiladas na sonhada sinfonia idílica

Do guerreiro sem espada

Quieto e esquecido.

Há todos os cantos de cada instrumento em letra

Normais visitas sucumbem à água fria do lago

Nos banhos de gente simples

Sempre saboreamos os doces corpos

A saltar esculpidos aos olhos

Uma formosura juvenil da balconista do restaurante.


As imponentes formas do cotidiano

Nesta viajem astral de todo meu eu

Nos faz lembrar a matreira infância.


Que me revelavam em sonhos!


Todos os anjos de candura ilibada

Juntos estão a voar pelos quartos dos poetas

Pelas plenas plumas do travesseiro

Ainda marcam o livro da vida.

No sabor da gratidão incomum

Quista nas letras de aço de concreto armado

Vistas nos mármores da igreja matriz

Os anjos guardam as suas historias

Na mesma vala dos lordes.


E ambos nos dizem!


A fonte da praça Rui Barbosa

Não tem o brilho da moeda

Que antes davam de comer

A crianças esquálidas

Nem mesmo ela hoje

Tem o glamour do passado.

Mais a fonte do poeta!

Que sentado no banco de concreto frio

Ao lado de vividas historias

Ah! Essas determinam o valor do brilho

De vistas sincréticas nas asas da águia

Que nos horizontes vociferam civilistas

As dores, valores e amores do caipira.


Nestes novos radiantes quadros a lápis

Mesmo sem querer campeio

Os brados dos cidadãos.

Deles podemos ouvir canções felizes

Alem de saborear os sons da juventude

A ecoarem nos bares duma Brasília interiorana.

Na casa dos tons elipsoidais

De vestido azul a dona Hilda Mandarino

Sempre caminha entre gente forte.


Os olhos de seus confrades

Hipnotizam a semente germinante

Da poética livre que agora você degusta.


Nestas linhas virtuais

Troco sem troco

Todo meu aprendizado.


A minha humanidade cativante

Ainda vaga surpreendente num Tiête limpo

Ali! No mesmo lugar

A espera de quem quiser lavar a alma

Ou quem sabe. Caso prefira apenas olhar as barcaças

A desfilar as concretudes mentais

A transportar a produção das terras paulistas.


Agora choroso devo confessar!


As escolas do dialogo publico

Não forjam linhas sérias

A altura da História araçatubense.


Elas nem mesmo estão dispostas

Ao dom supremo do ouvido amigo

Que deveria escutar os clamores

Do solitário posto no outro lado da ponte.

Na cadeira lenta da vida

Estática no quintal sem vista

Prosaica na tela de seu computador

Sentam-se os escolhidos.

Sem querer ser algo indigesto

Nas alvuras deste novo dia

Por muitos considerados mínimos.


Ainda florescem todas as esperanças

Dum dia de eterna solidariedade

Dias após dias

Vontades emanam ondas

Numas partículas desenfreadas

Tão inesperadas quais as carnes no varal.

Dia após dia

Minha alma ainda entristece

Com toda aquela imagem

Do homem feito cabisbaixo

A lembrar os tempos que ostentou a rosa vermelha.

Lembrar é viver

Assim já dizia o saber popular

Logo então devo saudar a critica calmamente

Sem esquecer os cravos dos jardins imaginários

A envolver minha atenção

Em exuberante poesia do lingüista.


Quantos dos cravos comuns

Das rosas brancas e vermelhas

O chão Teima em molhar?

No dia onde as lagrimas são de alegria

Mesas dos bares lotados

O garfo lembra o gelo

A queimar a brisa da responsabilidade.


Quem sabe um dia

Poesias serão quistas

Quem sabe um dia

Cada copo celeste

Em devaneios saltem a abobada


Deixo você leitor

Com a tarefa simples

Olhe ao lado

O cheiro da cidade sinta

Seu som de fundo escute

Beije a Historia de seu bairro


É leitor! Você também faz parte dessa festa.

Um Lugar Poético No Ar.



É com grande alegria que disponibilizo neste pequeno espaço, as minhas poesias, filhas de todas as minhas observações, elas saltam na sua tela. Não procure rótulos, mas caso queira trocar idéias sobre literatura, entre em contato conosco e venha conhecer um pouco da poesia que corre pelos meus porros. Poesia é literatura, sem ela não seria nada, nem mesmo viveria sorrindo pelas ruas.