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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vésper



Por Eric Costa e Silva


Luz a emanar alegria

Toda sua perseverança amiga

Antes mesmo do nascer do dia

[contagia.



Singela nos atos alucinantes

O dia as letras hipnotizam

Os calendários irrompem em maestria

Unificando as linhas tortas confiantes

Do todo farto celeste

De todas as manhãs

[ frias.



De suas mãos amigas

Nos cadernos de papel de pão

A vida coloca um ponto

Sobre as linhas

A sacudirem os destinos

Dos alaridos de anunciações.



Serenas nos atos da réplica

Poucos e contados são o prantear

A fluir de seu ventre mítico.



As marcas inerentes oportunas

São raras aos que sonham

Nas praias isoladas

Duma só veemência bem vivida

Dum só abraço fraternal

De estrelas azuis

[ irmãs.



Quando o fogo

As vaidades mitigarem

Pela porta de sua face

Quero marchar altivo.



Para de tal modo singelo

Num afã mágico seguir

A chegar ao porto

Alucinado da ação.



Nele a sabedoria do tempo

Nos circundam velozes

O respeito dos homens

A consciência da ocasião

Sólidos tijolos de muros levantam.



Tal qual o manto

Quão um dia inesquecido

Do sangue real a banhar a rua

No inverno quente.



O pecado na cruz

A carne do torturado

Sem cobrança foi aliviado.



O pecado dos homens de hoje

Outrora perdoados

No sorriso ingênuo da criança