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sábado, 2 de outubro de 2010

RIDENDO CASTIGAD MORES




Por Eric Costa e Silva



No jardim da natureza humana

Num continente além mar

A fome firma bandeira em ossos

A servi-los em dias

De palco para orações divinas.



Duma criança descalça

Com suas latas conseguidas do lixo

Talvez surja um novo som.



Nesta ritmada dor

A cicatriz da insensatez

[multiplica.



O segredo da noite

Vem o doce sabor do sorriso

A misturar no caldeirão

Os recantos do aba-baxé-de-ori.



Com a fome do corpo

A transcender enlouquecidas

As fronteiras sublimes

Sentem a mudança

Das vidas regadas de abadô.



A esperança do outro dia

A alma sacia

Mesmo que o modo

Perda o sendo.



Seu leito de descanso

Vem tomar angustiado

As notas da profundidade

No notebook de Taiwan.



Ninguém do lado de lá

Mesmo que tentar

Vai conseguir cortar

O seu fio dourado de vida.



Ninguém do lado de cá

Um dia Pode sonhar

Que na percepção da dama capital

Os homens que adentram no quarto

Tem o mesmo valor.