Passei aqui!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Casa de Campo




Por: Eric Costa e Silva & Nathany Sotini

No campo da minha memória
Mais uma vez na lapela trago a infância
Dum tempo de quepe verde oliva.

Cada vestimenta dada de presente
Elas não caminharam ao meu lado
Quem sabe devido a não presença
Daquela voz firme em ordens serenas.

Não queria mais falar do amor de Natal
Mais sei que procurava-o em todos os carnavais
Daqueles dias lembro-me das plumas nas fantasias
Tão fantasiosas quanto amar alguém mais jovem
Naqueles dias minhas mãos brincavam com confetes e serpentinas.

Hoje tento ser um cara de velho meio
A sonhar em sobreviver num meio
Ah ! Os fins desse meio que são veículos
As vezes suas formas doem nos meus olhos.

Hoje a você reve-lo em linhas quase antigas
Meu carnaval de sonhos
ainda vive em mim as fantasias
Todas elas com a impureza
Desta minha razão de Homem.

Hoje a você reve-lo em linhas parcas de sorrisos
Os confetes e as serpentinas de ontem
Agora dançam em autos populares.

De todas as lembranças dos dias passados
De todas as formas de amar ingênuas
Vejo a dor do ser que é evitado
No meu peito cravar a faca.

Nos dias atuais no qual faço minha lavra de lágrima
Lágrimas que molham minha inocência perdida
Inocências de carnavais envoltos em risos
Presentes de risos parcos.

Ah! Natal que me faz falta

Natal de festa de reis e rainhas
Natal de manifestações como o cocô
Natal de presépios e fandangos
Natal da embolada que me faz embolar o dia
Natal do interior paulista que me anima
Natal de velas prontas para meu enterro.