Enquanto você não vem
Nas madrugadas pego-me
A contar os ritmos dos astros.
A todo o desejo fulminante
De um dia estar ao seu lado
Une-se a minha vontade
No altar santíssimo da criação.
O que arquivo no meu peito
São segredos da minha vida
Que desde longe nesta estrada
A toda hora coloco a prova
A espera de seu abraço.
Em cada raio de sol
A tocar meu rosto
A sua presença celestial
Está cá dentro de mim.
Meu incansável coração
Num pique frenético
De cada minuto
Demonstrar-me os meandros
De sua presença em tudo.
Fado a fado profundo de fazedor
Nos momentos que se passam a fio
Prendo-me a procura incansável.
Ah! Dolorosa realidade.
Quem não as tem
Vive em falta de sensatez
Dentro dela quero eu
Um dia conseguir.
Leva-los a sua presença
Una e divina atestada
Ali estática na cruz.
Não foram minhas mãos
Que um dia
Na posse de martelo e prego
O colocaram na cruz.
Quem não reconhece na luz
O poder de seu sangue
Não conhece da Historia.
Quem vê nos salmos
Milagres etéreos de amor a amada de ontem
Todo o seu amor merece.
A ele devemos dar nossa gratidão
Sem hesitar um minuto em nosso amor
E nossa deve terminar com as honras do matrimônio
Sob a pena forte Árbitro do Livro Sagrado
Na frente da verdade estarão nossas almas
Que libertas através do cajado alado da vontade
Dados no século virado de bem querer vistoso
Entre eu
Minha poesia
e minha doce
quase doce
AMADA!