Por Eric Costa e Silva
Na sala dos destemidos sentimentos sentidos
Os fatos aguçam os cabidéis do ontem
Trazendo as gargalhadas benditas das Histórias.
Ali o vento balança os vestidos
Os sentidos primários acordam
Os lençóis das macas ainda quentes
Une-se num só grito cancioneiro.
No céu a tempestade se faz em prelúdio
Entre folhas dos cadernos de anotações
Josué hoje cala os momentos..
Neste quente e frio edificado
Desde bem pequeninos
Por madrugadas adentro
O quilômetro aventureiro percorre
As parcas migalhas da sua atenção
Pelos sentidos dos novos lugares
Com belos florões
Na escuridão banhada facilmente.
Na mesa de centro
O respeito está depositado
Ali! Pronto aos tatos quietos
De todas as amizades antigas
Donde portais em chamas
As belezas da indignação nos mostram.
Em cada uma de suas linhas
Todas marcadas pela frente pérola
Apenas aquela pequena certeza
Meio Vaga de Mais de uma década
Donde revivemos os 100 mil cordões.
Nas quadras sem esquinas
Estava eu a procura-la a cada olhar azul
Naquele dia cansei de andar
Naquele dia caminhei ao espelho d'água
Molhei meu rosto
Olhei profundamente no passado
Sem querer percebi sem pressa
Que era eu apenas uma gota
A banhar a idéia de uma Nação
Era eu uma ave de rapina
Que sem pensar procurava um ninho.
Cansado de tanto esperar
Apeguei-me a oração
Hoje a árvore ainda está lá
Mais meu coração continua Iludido
A pirilampiar candango
O seu sentido flutuante
Hoje ao escutar sua voz
Apenas vejo eu jovem
Apenas vejo-me tremular a voz
E sem querer gaguejar na sua frente
Sabe amada minha...isso acho que é amor.